O Ibovespa continua quebrando recordes e atraindo milhares de novos aplicadores em ações. Muitos têm sede de informações sobre como ganhar e sobre como não perder no mercado. Continuamos a responder a perguntas básicas sobre o tema.
1) Como escolher ações?
Há duas escolas: a fundamentalista e a técnica ou grafista.
A fundamentalista procura descobrir o valor justo de uma ação com base em informações contábeis e na análise do desempenho futuro do negócio da empresa.
O grande investidor Warren Buffet sempre procura comprar empresas com um modelo de negócios simples, empresas que, como ele mesmo disse, qualquer idiota pode comandar. Buffet preocupa-se com isso, porque há grandes chances de que um dia, um idiota chegará ao topo dessas empresas.
A análise fundamentalista preocupa-se muito com os competidores da empresa, com a capacidade e com o caráter dos principais dirigentes e com os planos para o futuro.
A lucratividade apontada pela contabilidade da empresa é um item essencial na análise. Se for crescente ao longo dos anos é um bom sinal. Mas se ela for decrescente, pode indicar problemas na gestão ou no setor em que a empresa atua.
Há várias fórmulas, chamadas também de múltiplos que auxiliam o analista. São simples. Basta saber multiplicar e dividir. Basta saber observar a evolução no tempo e comparar esses resultados com os de empresas concorrentes ou com estruturas semelhantes. As mais populares são: P/L = preço por ação dividido por lucro por ação e P/VPA = Preço de mercado dividido pelo valor patrimonial da ação).
Há programas de computadores e sites de corretoras que fazem filtros com essas fórmulas. Os critérios mínimos são estabelecidos pelo analista que elimina as empresas que não passarem pelo filtro. As que forem aprovadas, serão analisadas com mais profundidade.
Uma forma bem mais trabalhosa e que costuma trazer bons resultados para os profissionais é estimar o fluxo de caixa disponível para o acionista no futuro. A partir daí descobre-se o valor justo da empresa. Compara-se o preço praticado pelo mercado, na bolsa hoje, com esse valor justo, calculado de forma teórica. Se o valor em bolsa estiver muito mais caro que o valor teórico, temos um bom momento para vender. Ao contrário, quando o valor em bolsa for bem menor do que o valor teórico, estamos diante de uma boa oportunidade para comprar uma ação.
2) Quais os estilos de investimento?
Há dois tipos: valor e crescimento.
O primeiro estilo procura ações que estão relativamente baratas, chamadas de value, ou em bom Português , ações de valor. Nem sempre comprar barato é um bom negócio. Você precisa ter paciência para esperar até que o resto do mercado concorde e comece a comprar também, subindo os preços. Além disso, as ações baratas podem cair ainda mais, antes de começar a subir. Trabalhos acadêmicos têm mostrado que os ganhos com esse estilo de investimento são superiores. Basta diversificar e ter muita disciplina para esperar. No Brasil de hoje, as empresas exportadoras estão nessa situação. Os preços de suas ações estão baixos, mas ninguém sabe ao certo quando se dará a recuperação.
Outro estilo de investimento consiste em comprar uma ação que está relativamente cara, mas que pode subir ainda mais. Empresas com lucros que se ampliam rapidamente merecem ser classificadas como growth, de crescimento. No Brasil de hoje, as ações de construtoras e as de informática têm esse perfil. São mais arriscadas. Como diz o ditado, quanto maior altura, maior o tombo. Por isso os investidores que preferem ações de crescimento precisam acompanhar o mercado de perto para cair fora antes que a multidão se decepcione com a performance do papel e tente sair pela estreita porta de emergências.
Uma boa estratégia consiste em fazer uma mistura. Selecionar ações de valor que começaram a se recuperar e de ações de crescimento que continuam surpreendendo positivamente o mercado. O mais importante mesmo é escolher uma estratégia que combine com seu perfil. Ansiosos devem preferir ações de crescimento. Calmos e controlados, devem buscar ações de valor.
Postado no Blog da Semana
1) Como escolher ações?
Há duas escolas: a fundamentalista e a técnica ou grafista.
A fundamentalista procura descobrir o valor justo de uma ação com base em informações contábeis e na análise do desempenho futuro do negócio da empresa.
O grande investidor Warren Buffet sempre procura comprar empresas com um modelo de negócios simples, empresas que, como ele mesmo disse, qualquer idiota pode comandar. Buffet preocupa-se com isso, porque há grandes chances de que um dia, um idiota chegará ao topo dessas empresas.
A análise fundamentalista preocupa-se muito com os competidores da empresa, com a capacidade e com o caráter dos principais dirigentes e com os planos para o futuro.
A lucratividade apontada pela contabilidade da empresa é um item essencial na análise. Se for crescente ao longo dos anos é um bom sinal. Mas se ela for decrescente, pode indicar problemas na gestão ou no setor em que a empresa atua.
Há várias fórmulas, chamadas também de múltiplos que auxiliam o analista. São simples. Basta saber multiplicar e dividir. Basta saber observar a evolução no tempo e comparar esses resultados com os de empresas concorrentes ou com estruturas semelhantes. As mais populares são: P/L = preço por ação dividido por lucro por ação e P/VPA = Preço de mercado dividido pelo valor patrimonial da ação).
Há programas de computadores e sites de corretoras que fazem filtros com essas fórmulas. Os critérios mínimos são estabelecidos pelo analista que elimina as empresas que não passarem pelo filtro. As que forem aprovadas, serão analisadas com mais profundidade.
Uma forma bem mais trabalhosa e que costuma trazer bons resultados para os profissionais é estimar o fluxo de caixa disponível para o acionista no futuro. A partir daí descobre-se o valor justo da empresa. Compara-se o preço praticado pelo mercado, na bolsa hoje, com esse valor justo, calculado de forma teórica. Se o valor em bolsa estiver muito mais caro que o valor teórico, temos um bom momento para vender. Ao contrário, quando o valor em bolsa for bem menor do que o valor teórico, estamos diante de uma boa oportunidade para comprar uma ação.
2) Quais os estilos de investimento?
Há dois tipos: valor e crescimento.
O primeiro estilo procura ações que estão relativamente baratas, chamadas de value, ou em bom Português , ações de valor. Nem sempre comprar barato é um bom negócio. Você precisa ter paciência para esperar até que o resto do mercado concorde e comece a comprar também, subindo os preços. Além disso, as ações baratas podem cair ainda mais, antes de começar a subir. Trabalhos acadêmicos têm mostrado que os ganhos com esse estilo de investimento são superiores. Basta diversificar e ter muita disciplina para esperar. No Brasil de hoje, as empresas exportadoras estão nessa situação. Os preços de suas ações estão baixos, mas ninguém sabe ao certo quando se dará a recuperação.
Outro estilo de investimento consiste em comprar uma ação que está relativamente cara, mas que pode subir ainda mais. Empresas com lucros que se ampliam rapidamente merecem ser classificadas como growth, de crescimento. No Brasil de hoje, as ações de construtoras e as de informática têm esse perfil. São mais arriscadas. Como diz o ditado, quanto maior altura, maior o tombo. Por isso os investidores que preferem ações de crescimento precisam acompanhar o mercado de perto para cair fora antes que a multidão se decepcione com a performance do papel e tente sair pela estreita porta de emergências.
Uma boa estratégia consiste em fazer uma mistura. Selecionar ações de valor que começaram a se recuperar e de ações de crescimento que continuam surpreendendo positivamente o mercado. O mais importante mesmo é escolher uma estratégia que combine com seu perfil. Ansiosos devem preferir ações de crescimento. Calmos e controlados, devem buscar ações de valor.
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