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quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Sem Cortes

Na reunião que encerrou ontem o Copom decidiu por unanimidade manter a Selic em 11,25% interrompendo uma sequência de cortes que vinha sendo feita desde 2005, quando a taxa de juros era 19,50%. E assim devemos fechar o ano com a taxa básica nos níveis atuais.

A decisão demonstrou a autonomia do comitê, uma vez que havia uma pressão explícita por parte do Lula sobre o presidente do BC, de quem disse que cobraria explicações caso a taxa não caísse. Mas venceu a técnica sobre a política. A demanda interna vem crescendo e a capacidade industrial estava chegando ao limite, mesmo com o reforço das importações proporcionado pelo real apreciado.

E assim ficamos no aguardo do Fed que, sendo precavido, também deve dar uma meia-trava nos juros americanos para sentir melhor a situação. Política monetária é coisa séria, e o incentivo ao consumo sempre acarreta em mais inflação.

Na pré-abertura dos mercados o índice futuro para dezembro - INZ7 - opera em baixa de 1,60% e, na Matriz, mesmo com os bons números divulgados pelas empresas de tecnologia, os resultados negativos dos bancos pesaram mais. Nem mesmo a bolsa eletrônica Nasdaq consegue se sustentar no ritmo que vinha imprimindo anteriormente.

Com a Turquia ameaçando invadir o norte do Iraque para combater os curdos do PKK, e Bush antecipando o temor de que o Irã se transforme em potência nuclear, a situação está muito delicada no Oriente Médio. E, com tudo isso, o preço do óleo faz com que o barril mais se pareça de pólvora!

O dia promete ser movimentado...

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