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quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Apetite das pessoas físicas segue firme

O frustrante desempenho das novatas do pregão em 2007 está longe de diminuir o interesse da pessoa física pela renda variável e, por tabela, pelas ofertas públicas de ações. A forte procura observada em 2007 está associada a uma mudança estrutural no mercado brasileiro ainda em curso, diz Paulo de Sá Pereira, da Fundação Cesp. "A renda fixa não proporciona mais os retorno que garantiu ao longo de duas décadas e o investidor é inteligente e começa a buscar outros ativos."

A evolução da quantidade de pessoas físicas na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) dá uma fotografia dessa disposição para mudar: só neste ano houve um acréscimo de mais de 100 mil CPFs, para quase 328 mil até o fim de novembro. Esses números foram particularmente inflados pelos IPOs da Bovespa Holding, que atraiu 63,9 mil investidores, e da BM&F, com 253,7 mil aplicadores.

Apesar do quadro internacional de liquidez mais restrita, o investidor local não tem saída: se quiser retornos diferenciados, ele terá de deixar o conforto dos títulos públicos para assumir mais risco, em papéis de dívida privada ou ações, diz Marcelo Mello, da SulAmérica Investimentos. "Na bolsa, quem estiver preparado para a volatilidade de curto e médio prazo será premiado por isso."

O crescimento do PIB brasileiro, alimentado pela demanda interna, pelo crédito mais farto e aumento da renda traçam um cenário ainda promissor para a renda variável, afirma. E se o país ganhar o grau de investimento (não especulativo) nos próximos meses, tanto melhor. Conforme calcula, na média, as empresas brasileiras vêm sendo negociadas com uma relação de 11,5 vezes o lucro, abaixo do índice dos emergentes, entre 13 e 14 vezes, havendo espaço para novas valorizações. (AC)

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