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sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

BC VÊ INFLAÇÃO COMO RISCO MAIOR QUE CRISE INTERNACIONAL

Projeção de 4,3% para 2008 está dentro da meta, mas superaquecimento da demanda ameaça pressionar índices

O Banco Central alertou ontem que o superaquecimento da economia, impulsionada pelo crédito mais barato e comemorado pelos brasileiros neste Natal, está aumentando as incertezas sobre a evolução da inflação e constitui fator “tão ou mais importante” que as ameaças do cenário externo. As projeções para 2008, anunciadas ontem pelo diretor de Política Econômica do BC, Mário Mesquita, apontam para uma inflação de 4,3% no próximo ano, um décimo de ponto porcentual acima da previsão divulgada em setembro, mas dentro da meta de 4,5%.

As mudanças nas expectativas do mercado ainda são suaves, mas o Relatório de Inflação divulgado ontem sugere que as pressões inflacionárias decorrentes de fatores internos são maiores e menos localizadas do que se pensava anteriormente.

No setor de alimentos, por exemplo, os dados indicam uma “progressiva exaustão” dos efeitos da recente elevação dos preços sobre o restante da economia, mas, em contrapartida, estariam surgindo outros potenciais focos de preocupação, como o aumento dos preços dos serviços e outros impulsionados pelo aumento do consumo.

“A nossa avaliação é de que o balanço dos riscos de inflação se deteriorou”, afirma Mesquita. “O processo inflacionário nunca começa de forma uniforme, e nossa função é evitar que processos localizados se tornem generalizados.”

A estimativa do BC é que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche este ano em 4,3% e o Produto Interno Bruto (PIB), com expansão real de 5,2%. Para o próximo ano, as projeções do BC indicam crescimento econômico de 4,5%, menor do que o esperado pela equipe do Ministério da Fazenda.

Continua

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