Plus500

sábado, 8 de dezembro de 2007

A deterioração das contas externas

Hoje, no caderno de Economia do “Estadão”, matéria “Governo já projeta déficit em conta corrente em 2008”, de Fábio Graner, de Brasília.

A matéria, com membros da equipe econômica, traz as preocupações que tenho externado aqui:• O governo prevê expansão de 5% da economia no ano que vem, ritmo que, no pior cenário, com uma redução drástica na taxa de crescimento das exportações, poderá ficar entre 4% e 4,5%. A hipótese básica, segundo uma fonte do Ministério da Fazenda, é que a expansão acelerada da demanda interna (consumo e investimentos) suprirá a maior contribuição negativa da área externa.

• Desde 2006, a demanda externa tem tido contribuição negativa para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Mas, com a aceleração das importações de bens e serviços, que sobem em ritmo bem mais rápido que as exportações, esse impacto no PIB deve ser maior.

• De acordo com os dados mais recentes do Banco Central, a conta corrente do balanço de pagamentos apresentou em outubro déficit de US$ 42 milhões e, para novembro, a expectativa do BC é de um saldo negativo da ordem de US$ 700 milhões. O ritmo de deterioração dessa conta surpreende os analistas, que têm feito constantes revisões em suas projeções para este e para o próximo ano.

• Em junho, a previsão do mercado para a conta corrente era de superávit de US$ 10 bilhões neste ano e de US$ 5 bilhões em 2008. Na semana passada, as estimativas eram de superávits de US$ 8,2 bilhões e US$ 2 bilhões, respectivamente.

• Apesar da previsão média dos analistas contar com superávit para 2008, não são poucos os que, como a Fazenda, já trabalham com um déficit em conta corrente, sobretudo por causa da redução do saldo comercial.

enviada por Luis Nassif

Nenhum comentário: