O Ministro Guido Mantega, em entrevista publicada hoje no Financial Times, está avisando que o fundo soberano que o Brasil vai criar, tem entre seus objetivos evitar que o real fique muito”apreciado”.
Essa declaração com certeza vai deixar os bancos e corretores loucos, já que estão vendo cada vez mais o Banco Central com menos poderes, depois que a estratégia de Guido Mantega foi a de isolar Meirelles, deixando-o apenas com a função de administração da dívida.
O argumento, até com certa razão, é de que o Governo não deve mexer na taxa de câmbio, já que a mesma é flutuante.
Quanto a isso não se discute, até porque fica muito caro o Governo ficar disputando mercado com as corretoras, já que isso deve ser um custo da própria especulação de mercado.
Mas é fato também que o Brasil, se ficar com o real muito apreciado, poderá com isso sofrer da doença holandesa, que é o famoso “paradoxo da abundância”.
Nesse paradoxo, a riqueza natural de um país acaba levando o mesmo para a estagnação. Explicando melhor, no nosso caso, como as commodities internacionais d eminério e alimentos estão subindo muito, isso faz com que mais dólares entre aqui. Com isso o real fica caro, e os outros setores de exportação perdem competitividade.
Mas vamos ver até onde o Governo vai com este Fundo Soberano. O certo é que a estratégia de isolamento de Meirelles vem funcionando bem. Não se fala mais no Banco Central, e quando se fala, é mal.
Quem quiser ler a matéria no Financial Times, basta clicar aqui. Está em inglês.
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