O senador José Sarney (PMDB-AP) reafirmou que “não há hipótese” de disputar a presidência do Senado, na eleição prevista para quarta-feira. “Aos 78 anos quero dedicar meu tempo aos meus deveres com o Amapá e reservar meus últimos anos para as minhas memórias. Senão termino morrendo e não escrevo”, afirmou Sarney. Segundo ele há muitos nomes na bancada do PMDB para assumir o comando do Congresso Nacional.
Indagado se diante de uma insistência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ele poderia mudar de opinião, Sarney foi categórico. “O presidente não vai me pedir. Não se pode pedir uma coisa que não se pode atender.” Sarney disse que sempre apoiou Lula porque considerou sua eleição um grande avanço na política. “Com a eleição do presidente (Lula) fechamos um ciclo republicano, com todas as classes representadas”, disse.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) informou ter conversado com o senador Pedro Simon (PMDB-RS) e que este teria concordado em se candidatar à presidência do Senado. Simon não foi localizado, mas na quarta, consultado, disse que “meu nome está a disposição, mas acho que isso (a escolha do nome) será feito pelo PMDB”.
Suplicy iniciou um abaixo assinado de apoio a Simon. O movimento está sendo articulado em conjunto com os senadores Mão Santa (PMDB-PI) e Cristovam Buarque (PDT-DF).
Já oficializaram candidatura ao cargo os peemedebistas Garibaldi Alves Filho (RN), Neuto de Conto (SC), Valter Pereira (MS) e Leomar Quintanilha (TO). Também hoje (6) parlamentares, inclusive da oposição, passaram a comentar a possibilidade de José Sarney (AP) ser candidato. Desde ontem (5), Sarney nega a pretensão de concorrer à Presidência do Senado, cargo que já ocupou duas vezes.
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