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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

É uma boa hora para sair da bolsa 1/2

O ano de 2007 está acabando para os investidores. Amanhã, sexta-feira, dia 28 de dezembro, será o último dia em que o mercado funcionará no ano; depois, só em 2008. Na prática, a mudança do ano é uma mera convenção, pois as coisas não mudam apenas porque a Terra completou mais uma volta em torno do Sol. Mesmo assim, nessas horas em que (atentados à parte) as notícias escasseiam, é hora de pensar um pouco no ano que está se encerrando e no que nos espera no próximo período gregoriano de 12 meses.

Não tenha dúvidas de que 2007 vai deixar muita, mas muita saudade. No momento em que escrevo, o Índice Bovespa está em baixa de 0,8% a 63 800 pontos. Confirmando-se esse fechamento, o principal indicador do mercado acionário brasileiro vai fechar o ano com uma valorização expressiva de 43%, em comparação com os 11,9% de juros médios em 2007.

Traduzindo, quem ficou na Bolsa e atravessou os solavancos de fevereiro, de agosto, de novembro e de dezembro ganhou quase quatro vezes mais do que se tivesse ficado na renda fixa. Claro que essa conta é simplista, não considera os momentos de quem comprou e vendeu ações ao longo do ano, mas vale o raciocínio.

Para 2008, há vários indicadores e sinais que mostram que as ações não deverão ter um comportamento tão positivo quanto em 2007. A saber:

- a economia americana vai amargar um período difícil. Além da crise provocada pelo estouro da bolha de financiamento imobiliário, os perdulários consumidores americanos terão de enfrentar um período de cotações do petróleo em alta, pressionando os preços da energia, dos combustíveis dos ineficientes veículos que dirigem e dos alimentos (que têm de ser transportados). Por isso, o prognóstico dos especialistas é de que os juros por lá permaneçam razoavelmente elevados, ao redor de 4,25% ao ano. Nesse patamar, não haverá muita folga para grandes investimentos em ações e em países emergentes como o Brasil. Não nos esqueçamos de que os Estados Unidos continuam vivendo alegremente de dinheiro emprestado, receita infalível para ter problemas.

- as perspectivas para Europa e Ásia são menos brilhantes. Devido aos problemas da economia americana, europeus, japoneses e chineses vão vender menos. Embora suas economias estejam menos desequilibradas que a americana, a diminuição das encomendas piora o humor de todos. Menos incentivo a investir fora dos países de origem, portanto.

- finalmente, a situação brasileira não é mais tão tranquila.

Leia a segunda parte (2/2) deste artigo no Blog do Investidor

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