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sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Analistas: não há limite para a alta do petróleo

O petróleo hoje bateu novo recorde: US$ 103 (leia a matéria aqui no Globo Online). Segundo alguns especialistas do setor ouvidos pelo blog não há como prever um teto para a alta dos preços. O mercado está instável e basicamente se ajusta ao enfraquecimento do dólar em relação a outras moedas.

Um dos aspectos que está influindo na alta do petróleo é justamente a queda da moeda americana. Todas as commodites cotadas em dólar estão sofrendo correções para manter estáveis os seus preços. No final das contas, temos um ajuste para manter o equilíbrio entre demanda e oferta.

- O mercado está fazendo uma sintonia fina sobre o preço de equilíbrio, para ver o que as economias suportam pagar e ao mesmo tempo como garantir a estabilidade da oferta - disse David Zylberstajn, ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo.

Nesse contexto, ao contrário do que poderia parecer, o que vem influindo no aumento do petróleo é a desaceleração americana. O normal seria o preço cair, com uma queda no consumo dos Estados Unidos. Acontece que os cortes de juros do Fed estão provocando aumento de liquidez e enfraquecimento do dólar. Seria uma espécie de efeito colateral às avessas do desaquecimento americano. É interessante reparar também que o consumo pelo mundo não está caindo mesmo com os preços em alta.

- A China é um dos fatores que mantém o consumo elevado. A frota de automóveis deles, por exemplo, cresceu de 6 milhões em 1996 para 30 milhões em 2006. E a tendência é que isso continue - explicou o analista do setor de petróleo e gás do Unibanco Vladimir Pinto.

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