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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Lutando contra a crise

O megainvestidor Warren Buffet fez uma proposta para aliviar a vida de seguradoras que estavam em apuros por causa da crise do sistema imobiliários nos EUA – e foi um a festa só. Alguns disseram que esse movimento valia mais do que a redução de juros promovida pelo Fed e o pacotão de distribuição de dinheiro do governo americano.
Faz sentido? Faz, e muito.
A dificuldade em analisar os movimentos econômicos, tanto de expansão quanto de crise, está em antecipar a reação dos participantes do jogo, universo amplo que inclui de consumidores a banqueiros centrais, passando por investidores, acionistas, donos de empresas e, last but not least, os governantes.
Na dificuldade de prever como agirão esses agentes, os analistas – teóricos e práticos, neste caso aqueles que analisam para fazer alguma coisa com o dinheiro, deles e dos outros – montam seus cenários como se ninguém fosse fazer nada de diferente. Como se os participantes do jogo se tornassem espectadores. No caso da atual crise financeira, como se todo mundo caminhasse bovinamente para o matadouro.
E nunca é assim. A administração da atual crise tem sido rica nesse ensinamento. Todos agiram. O Fed – Federal Reserve, banco central dos EUA – apressou-se a reduzir os juros. Também convenceu outros bancos centrais a montar um pacotão de empréstimos às instituições financeiros em apuros.
No Congresso americano, democratas e republicanos, numa luta feroz pela eleição presidencial, colocaram-se rapidamente acordo em torno de um programa de devolução de dinheiro do imposto de renda, para estimular o consumo Fundos de investimentos internacionais compraram ações de bancos que registraram prejuízos.Vários desses bancos demitiram rapidamente os executivos que haviam levado ao prejuízo.
Warren Buffet entra no negócio, mostrando que nem todos vão mal, isto é, que há grandes empresas com muito capital para aproveitar boas oportunidades, como comprar barato ações de bancos ou negócios de seguradoras.
E agora, governo e instituições financeiras privadas anunciam um programa para ajudar os mutuários que não conseguem pagar suas prestações da casa própria – inadimplência que é a origem de toda a confusão.O plano também pretende resgatar empresas imobiliárias em dificuldades.
Pode até não salvar todo mundo, mas tem bóia para muita gente.

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