O PIB americano subiu mais do que se imaginava. É um pequeno alívio e há economistas achando que isso reduz os riscos de recessão. Será? Muito cedo para dizer. Há também economistas dizendo que parte do crescimento foi apenas a formação de estoques, mas que isso pode agravar a questão para os trimestres seguintes
Como o consumo anda em baixa, a indústria ainda possui uma grande quantidade de produtos não vendidos, e isso é contabilizado como riqueza nos cálculos do PIB. A economista Marianna Costa, da Link Corretora, disse que o problema neste caso é que se o consumo continuar pequeno, as empresas podem diminuir a produção para vender o que está estocado. Com isso, este suporte para o PIB ficaria ausente no 2º trimestre.
- Sem os estoques, o PIB americano teria variação negativa de 0,2%. Este é o risco para o próximo trimestre, porque é grande a chance da produção ser reduzida - afirmou.
Mesmo com o dólar fraco, a balança comercial acabou contribuindo menos do que o esperado. Embora as exportações tenham crescido 5,5% no período, o valor das importações também aumentou 2,2%, por causa das altas do petróleo e dos alimentos. A contribuição da balança comercial caiu de 1% no último trimestre de 2007 para 0,22% neste.
O grande vilão do PIB continua sendo mesmo o mercado imobiliário, que teve variação negativa de 1,23%.
Neste olhar dos números deles de cada dia, a conclusão de hoje é que: o número maior que o esperado não garante ainda que o risco de recessão passou.
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