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segunda-feira, 28 de abril de 2008

É possível aumentar produção, se governos não atrapalharem


Considere este caso: por ocasião da última grande alta nos preços de alimentos, no início dos anos 70, um chinês médio consumia menos de 20 quilos de carne por ano. Hoje, consome mais de 50 quilos. E olha que são 1,3 bilhão de chineses.
Considere ainda que são necessários três quilos de cereais para se produzir um quilo de carne de porco; e nada menos que oito quilos de cereais para produzir um quilo de carne de boi. Considere mais que toda população que ganha renda imediatamente eleva seu consumo de proteínas, carnes, portanto.
Tudo considerado, e como se vê nas reportagens sobre alimentos neste G1, a causa principal da alta de preços de alimentos está no aumento do consumo. Logo, a solução é óbvia: só pode ser o aumento da produção.
É possível aumentar ainda mais essa produção? Sim, é a resposta dominante aqui e lá fora. Resposta baseada em dois pontos: a existência de terras a explorar em muitos países, Brasil incluído, e, sobretudo, nos ganhos de tecnologia, que permitirão extrair muito mais alimentos da mesma terra.
Repare: nos anos 70, também havia o pessoal do fim do mundo, dizendo que a fome mundial seria avassaladora. Aconteceu o contrário: a produção de alimentos aumentou de tal modo que os preços caíram por mais de 20 anos seguidos.
Voltaram a subir só agora, a partir dos anos 2000, por causa de outro surto sensacional de crescimento econômico.
Pela lógica do mercado, preços vão estimular a busca de mais produção. Os agricultores saberão fazer isso, se os governos não atrapalharem.

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