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sexta-feira, 16 de maio de 2008

Educação financeira para crianças e adolescentes

Se já é difícil controlar o orçamento durante o mês e colocar tudo na ponta do lápis, ensinar os filhos sobre educação financeira pode ser pior ainda. A criançada é bombardeada pelas propagandas e a idéia de consumismo. O papel de “orientador financeiro” fica a cargo dos pais, pois ainda são poucas as escolas que tratam do assunto. Uma aulinha básica com especialistas ajuda bastante.

Confira as opiniões de Álvaro Modernell, especialista em educação financeira para adultos e crianças, autor de livros infantis sobre o assunto, e também de Erasmo Vieira, palestrante e orientador de Finanças Pessoais.

Administrar o dinheiro
Álvaro Modernell: A melhor forma de estimular o uso responsável do dinheiro é por meio de exemplos. Se os filhos admirarem os pais pela forma com que esses lidam com dinheiro, a chance de "ouvi-los" e repeti-los aumenta. É melhor receber ensinamentos e alguns pequenos "trancos" dos pais, do que da vida.
Erasmo Vieira: No dia-a-dia, o exemplo é o melhor ensino. Oriente e deixe-o decidir. É melhor o filho "quebrar" agora com pouco dinheiro do que quando adulto com cheque especial e cartão de crédito.

Conta-poupança
Álvaro Modernell: Acho extremamente válido para crianças e adolescentes. Ajuda-os a acompanhar a evolução do seu investimento e a perceber a força do tempo sobre os juros.

Mesada
Álvaro Modernell: Não existe uma fórmula definida para calcular a mesada. O mais importante é ponderar a situação econômica da família. Para muitas famílias é difícil dar R$ 32 por mês de mesada. Imagine se na família houver três ou quatro crianças? O melhor é avaliar o padrão médio de gastos dos amiguinhos da turma e viabilizar uma mesada que fique na média da turma, nem a mais alta, nem a mais baixa, Na dúvida, os pais devem errar para menos. É mais útil para a criança aprender a lidar com a escassez do que com a fartura.
Erasmo Vieira: Existe uma regra simples para este caso, mas depende muito do orçamento. Ex. R$ 1,00 por idade por semana. Assim uma criança de 10 anos receberia R$ 10,00 por semana ou R$ 40,00 por mês.

Primeiro emprego (adolescentes)
Álvaro Modernell: Não concordo em cortar a mesada só porque o filho conseguiu o primeiro emprego. Isso seria um desestímulo para que ele busque trabalho. Ao contrário. Se for possível, acho que os pais deveriam manter a mesada, estimulando a busca por educação e orientação financeira.
Erasmo Vieira: Assim que ele conseguir um emprego deixe claro que a mesada vai acabar. Ajudar ao filho você nunca vai deixar de ajudar mais é melhor ir cortando o cordão umbilical das finanças.

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