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terça-feira, 13 de maio de 2008

Mais dinheiro para o povo?

Mal começaram a sair dos parques gráficos os cheques com o rebate de impostos prometido pelo presidente Bush, já aparecem os primeiros interessados em tomar o seu quinhão desse dinheirinho extra.
Os primeiros a manifestar o interesse mais claramente são os governos de Estados e Municípios americanos que, desde o ocaso da bolha imobiliária, em 2005, viram suas receitas em impostos encolherem muito rapidamente. A ausência de arrecação recentemente, por exemplo, causou o pedido de falência da cidade de Vallejo, na Califórnia.
Para evitar que outros pedidos se somem a esse, os prefeitos e governadores estão estudando novas formas de arrecadação. Enquanto a economia estava artificialmente bem, os tributos eram auto-sustentáveis, mas agora que a festa terminou as coisas estão ficando mais complicadas e compromissos anteriormente assumidos já não são tão certos quanto a necessidade dos impostos para apenas manter o que por si só é essencial.
Na Flórida, em uma área de precipitações constantes, há notícias de que um governo local instituiu um imposto sobre a queda de chuva. Dizem os governantes que ele é necessário para restaurar os danos causados pela água que cai do céu. É o imposto da chuva.
Mas a briga pelos 150 bilhões que o governo federal tomou da iniciativa privada e agora está devolvendo promete ser dura.
Com o alto nível de endividamento dos americanos, pesquisas apontam que a maior parte do dinheiro será usado para quitar dívidas. Assim, o governo Bush estaria tirando da iniciativa privada para entregar aos bancos. Como dizem por lá, fair enough.
Por outro lado, com os altos custos da gasolina, há que se considerar que uma fatia seja dedicada ao abastecimento dos veículos. E assim, uma parte do que os americanos produziram acabará caindo nas mãos da OPEP.
Se após o achaque estadual/municipal, a quitação de dívidas e o pagamento da gasolina, ainda sobrar algum, é hora de correr ao Wal-Mart e terminar de transferir o saldo para os exportadores da Ásia que abastecem o mercado americano.Governos locais, banqueiros, exportadores de petróleo e empresários asiáticos. São eles os grandes beneficiários da benevolência Bushiana.Mas deve resolver a economia.
E comprar algum votos em Novembro.

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