Hoje foi divulgado o Índice de Preços ao consumidor (IPC), mantido pela Fipe, que sofreu forte elevação no mês de maio, saltando de 0,54% em abril para 1,23% no mês passado. É a maior variação do índice desde fevereiro de 2003, quando o indicador chegou a 1,61%. Naquele tempo, o fantasma inflacionário pegava carona na forte pressão do dólar frente ao real.
Os alimentos no centro da questão
O grupo alimentação puxou a corda inflacionária, chegando a acelerar 3,17% em maio. Dentro do grupo, destacam-se as altas de 22,16% do arroz, 4,61% da carne bovina, 5,08% do leite longa vida e 4,15% do pão francês. Já temendo perder o controle e as rédeas da situação, o governo, mesmo que timidamente, começa a dar alguns sinais de que percebe o quanto o problema é critico.
Dessa forma, na última semana foi anunciado um esforço fiscal adicional de 0,5% do Produto Interno Produto (PIB) como meta de superávit primário – termo usado pelos economistas para definir o dinheiro que um governo economiza para pagar os juros de sua dívida.
De acordo com a proposta, o excedente irá para o Fundo Soberano Nacional, que servirá justamente para retirar o dinheiro de circulação na economia, a fim de conter a demanda e reduzir a necessidade de aumentos de juros por parte do Banco Central. Deixemos o assunto Fundo Soberano para um novo artigo, já que sua necessidade é bastante questionada.
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