Eis o retrospecto do Copom na gestão de Henrique Meirelles, governo Lula:
Aumentou a taxa básica de juros em sua primeira reunião, em janeiro de 2003, de 25% para 25,5% ao ano.
Aumentou de novo na reunião de fevereiro, para 26,5%.
Seguiram-se quatro meses de estabilidade. Na reunião de junho/03, o Copom iniciou um longo período de queda da taxa. Chegou a 16% em abril de 2004.
Ficou cinco meses nesse nível e voltou a subir em setembro. Oito meses depois, os juros Selic chegaram em 19,75%.
A taxa ficou nesse patamar por quatro meses. Em setembro de 2005, o Copom iniciou um longo período de queda. Em dois anos, a taxa básica caiu 8,25 pontos.
Chegou a 11,25%, a mais baixa da era do real.
Permaneceu sete meses nessa faixa e voltou a subir na última reunião, a de 16 de abril, para 11,75%.
E vai subir hoje de novo para 12,25% ou 12,75%.
Portanto, considerando o histórico do Copom no governo Lula, temos:
Dois ciclos de alta. O atual é o terceiro. O primeiro durou dois meses. O segundo, oito meses.
Foram dois ciclos de queda. No primeiro, 10 meses. No segundo, 24 meses.
Pode indicar um padrão: os ciclos de alta são mais curtos e mais fortes. Os de baixa, mais longos. Talvez seguindo aquele ensinamento: a maldade se faz de uma vez; a bondade, aos poucos.
De todo modo, Meirelles pegou os juros a 25% ao ano, reduziu para 11,25% e o próximo ciclo de alta pode levar a taxa para 14,25%. Na média, bem abaixo de períodos anteriores, mostrando o bom resultado da política de metas de inflação.
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