Um pelo outro, os números do PIB confirmam que o Brasil está consumindo mais do que produz.
Primeiro, o consumo das famílias crescendo mais que o PIB. Consumo das famílias é o que parece: o que as pessoas compram nos shoppings, supermercados, lojas, etc..
O segundo dado é o forte crescimento das importações, ao mesmo tempo em que caem as exportações. Número óbvio: vendemos menos lá fora, compramos mais aqui dentro.
Terceiro dado, o consumo do governo é forte.
Quarto, os investimentos. Esses investimentos criam capacidade de produção mais à frente, mas no momento em que são feitos aparecem nas contas como consumo. É lógico: quando se levanta uma fábrica, gasta-se em cimento, aço etc.. Idem para uma estrada ou uma hidrelétrica.
E qual o problema de consumir mais do que se produz?
Escassez de produtos e de mão de obra, filas para comprar e . . . aumento de preços.
Outro ponto importante a notar: os números do PIB olham para trás. Amanhã, sai a ata do Copom, explicando a decisão da semana passada, de aumentar a taxa básica de juros para combater a inflação. Essa ata é uma geral na economia corrente e nas perspectivas. Vai fechar o quadro.
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