Pontos a destacar de uma primeira olhada na ata do Copom:
. o Comitê mantém a tese de que o país está consumindo mais do que produz e que isso gera pressão inflacionária;
. a economia aquecida pode, por exemplo, espalhar aumentos de preços originalmente limitados – e isto tem a ver com a alta internacional de alimentos.
. com isso, o Copom está dizendo que, mesmo sendo a inflação causada principalmente por alta das cotações internacionais de alimentos, o aquecimento da demanda local permite que essa alta seja repassada a outros itens;
. isso elimina a tese – já defendida no Ministério da Fazenda – e segundo a qual o Copom não precisaria nem deveria elevar juros para combater uma inflação que vem de fora;
. o Copom está dizendo que juros altos combatem a demanda doméstica, que favorece repercussões e espalhamento, digamos assim, das pressões inflacionárias.
. outro ponto: em documentos anteriores, o Copom sugeriu que o ciclo de alta de juros poderia ser curto; agora diz que durará o quanto for necessário, e diz isso depois de anotar que a inflação corrente, as projeções e as expectativas pioraram.
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