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segunda-feira, 16 de junho de 2008

McCain está do nosso lado

O senador John McCain, conforme declarações obtidas pela correspondente do jornal “O Estado de S.Paulo” nos EUA, Patrícia Campos Mello, se opõe aos subsídios que o governo norte-americano concede ao etanol de milho, assim como acha equivocada a tarifa de US$ 0,54 por galão sobre a importação do etanol brasileiro, de cana.

São posições completamente contrárias às de Barack Obama, que defende explicitamente o subsídio e a tarifa.

Obviamente, o interesse brasileiro, neste caso, está com McCain. O candidato republicano aceita o argumento que muitas instituições internacionais apresentam, a saber: o etanol de milho é muito caro (gasta muito energia em proporção à energia que produz) e somente se viabiliza com os pagamentos que o governo americano faz aos produtores.

Por outro lado, o subsídio estimula a produção de milho para etanol. Duas conseqüências daí: parte cada vez maior das safras de milho vai para a produção de energia, reduzindo a oferta de milho para alimentação, o que eleva o preço do grão; por tabela, sobem também os preços de grãos alternativos, como os de soja e trigo.

Ou seja, o etanol de milho desloca, sim, a produção de alimentos. O que não é o caso do etanol de cana, cuja produção se expande sem afetar a produção de alimentos.

McCain é a favor de tratados de livre comércio com a América Latina, Obama coloca restrições. Aliás, Obama nunca colocou os pés na América Latina.

Outra coisa: McCain viaja em campanha em um avião da Embraer.

Carlos Alberto Sardenberg

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