Quando o banco central americano iniciou a atual campanha de corte de juros em agosto do ano passado, alertei em meio ao cenário eufórico que se instalava, que uma das conseqüências mais graves e impactantes no longo prazo da decisão por parte do Federal Reserve era o do enfraquecimento do dólar. Isso acabaria gerando um disparo nas cotações de commodities no mercado internacional, o que de fato acabou se confirmando.
O maior reflexo daquela decisão do FED para a economia real está sendo reconhecido apenas agora através das medições de preços. Porém, infelizmente, a fonte não é corretamente identificada pela opinião pública, que sem saber acaba recorrendo aos mesmos que causaram o problema em busca de soluções.
Pois agora que está ficando cada vez mais difícil controlar o gênio inflacionário que o Federal Reserve tirou da garrafa, percebe-se que a turma de Bernanke está diante de uma difícil encruzilhada: continuar cortando juros de curto prazo para salvar o sistema financeiro do colapso ou subir os juros na tentativa de defender o poder de compra do próprio câmbio?
As apostas estão divididas, como mostra o gráfico de opções da Federal Funds Rate no mercado futuro:
Opções no mercado futuro da taxa de juros do FEDO maior reflexo daquela decisão do FED para a economia real está sendo reconhecido apenas agora através das medições de preços. Porém, infelizmente, a fonte não é corretamente identificada pela opinião pública, que sem saber acaba recorrendo aos mesmos que causaram o problema em busca de soluções.
Pois agora que está ficando cada vez mais difícil controlar o gênio inflacionário que o Federal Reserve tirou da garrafa, percebe-se que a turma de Bernanke está diante de uma difícil encruzilhada: continuar cortando juros de curto prazo para salvar o sistema financeiro do colapso ou subir os juros na tentativa de defender o poder de compra do próprio câmbio?
As apostas estão divididas, como mostra o gráfico de opções da Federal Funds Rate no mercado futuro:
Muito embora o debate deva se firmar em torno da questão "baixar ou subir juros", na realidade parece ser tarde demais para que qualquer decisão consiga salvar a economia dos efeitos de um choque deflacionário ou de um choque inflacionário, não estando descartada a outrora absurda hipótese de que as duas coisas ocorram ao mesmo tempo.
É óbvio que novos cortes na taxa de juros vão continuar enfraquecendo o dólar. E há também um efeito secundário nesse caso, que é a necessidade que outras economias mantêm em expandir a sua base monetária para continuar comprando dólares e segurando o próprio câmbio, o que acaba por importar a inflação americana para dentro da própria casa. É dessa maneira que o gênio inflacionário acaba viajando o mundo, corroendo o poder de compra de populações nos mais diversos continentes.
Por outro lado, alterações para cima na taxa de juros no momento em que o sistema financeiro ainda ressente os excessos e encontra-se altamente alavancado em posições que precisam de juros mais baixos são nada menos que uma prescrição para o caos.
As opções estão ficando curtas para o banco central americano, e aparentemente se acerca uma situação que trará danos de uma maneira, de outra, ou das duas.
Cinco Pesos de Dois Quilos
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