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segunda-feira, 23 de junho de 2008

O setor público é o que falha

Estive em Maringá na sexta e no sábado – e encontrei ali um exemplo do Brasil que avança e que bate contra o muro do custo Brasil.

No período janeiro/maio deste ano, o número de empregos formais criados em Maringá já superou o de todo 2007. Percebe-se a atividade a olho nu: prédios em construção, por exemplo. Há 70 sendo levantados na cidade.

Isso é reflexo do bom desempenho do agronegócio, do campo à industrialização dos produtos.

O custo Brasil?

É simplesmente escandaloso que uma região tão ligada à economia internacional, exportadora, não disponha de um aeroporto adequado tanto para cargas quanto para passageiros.

Aliás, esse custo é de todo o Paraná. O principal aeroporto do estado, o de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, não tem pista suficiente para operar grandes cargueiros com os tanques cheios. Resultado: produtores paranaenses têm de enviar as cargas, por caminhões, para Viracopos, em Campinas, também lotado.

O principal porto de Paranaguá está lotado e precisa de reformas básicas.

Paraná tem uma malha de boas estradas, privatizadas, mas insuficientes. Como o governador Requião se dedica a combater os pedágios e as concessionárias – tolerando várias ocupações de pedágios – os novos investimentos não avançam, por falta de segurança jurídica.

E, claro, falta mão de obra qualificada, de pedreiro e motorista de caminhão. Aparece um claro problema educacional: muitos empregos exigem não formação especializada, mas bom conhecimento de português e aritmética, para que a pessoa consiga ler e entender as instruções.

Pode anotar: o setor público é o que falha.

Há anos se discute um bom aeroporto para a região Maringá-Londrina. Por que não privatizam, já que os governos não conseguem fazer?

Carlos Alberto Sardenberg

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