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quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Copom se acovarda e deixa taxa Selic na mesma

Empresariado com razão na reclamação

Meirelles sorrindo 2

A reunião de ontem mostrou que se dependermos do Banco Central, vamos ficar com baixo crescimento por muito tempo.

É uma sucessão de parcimônia na queda da taxa de juros que não dá para entender.

Vamos à decisão de ontem. O argumento, com certeza, que sairá na Ata do Copom, é de que o preço de alguns itens estaria fora de controle, em especial os alimentos, o que é verdade.

Mas qual a diferença que vai fazer se diminuir 0,25% na inflação dos alimentos? Principalmente porque a inflação dos alimentos, desta vez, reflete um efeito sazonal em alguns itens, já dito por Guido Mantega.

Mas a diferença no estoque da dívida é gigantesco. 0,25% a mais significa mais de R$ 2,5 bi em juros em um ano.

Se quisesse frear algum consumo de crédito, o que já seria ruim, teria a opção de aumentar o IOF ao invés de utilizar apenas a taxa Selic como instrumento.

O Banco Central às vezes age feito cachorro doido. Na semana passada ficou endoidando o mercado de câmbio, tentando aumentar o dólar. Ao mesmo tempo, mantém a taxa Selic em alta, fazendo o que Delfim Netto chama de “o último perú do mundo (em relação à facilidade de tomar dinheiro do Governo)”.

Com a Selic em alta, acaba forçando o dólar para baixo, pois atrai capital especulativo em grande quantidade, atrás apenas da rentabilidade da taxa de juros.

E o pior é que a decisão foi unânime.

Acerto de Contas

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