O mercado do milho encontra-se num bom momento em todo o mundo. No início do ano, o aumento da demanda pelo produto nos Estados Unidos – devido ao maior uso do grão para a produção de etanol – foi um dos indicativos do bom momento do mercado. Apesar de um aumento na produção norte-americana, grande parte da safra antes destinada à exportação ficou retida dentro do país para a manufatura do etanol. Devido à seca no velho continente, a Europa começou a comprar o produto brasileiro para atender à demanda. Ainda há o consumo interno chinês, que tende a inflar a importação do grão. As oportunidades estão por todos os lados.
Nesse caso, os agricultores brasileiros deveriam estar prontos para abocanhar uma fatia maior no mercado internacional. Mas na comparação com Estados Unidos e Argentina, o milho brasileiro é pouco competitivo. Apesar da boa qualidade do produto e dos custos fixos menores, a produtividade das lavouras brasileiras também é menor. “Nossa produtividade média é muito baixa, inferior à da Argentina e dos Estados Unidos”, pondera Jason de Oliveira Duarte, pesquisador de Socioeconomia da Embrapa. Nesse caso, nem o aumento dos preços dos grãos consegue elevar a competitividade do milho brasileiro, ainda mais numa situação de câmbio desfavorável. A solução, dizem os especialistas, passa pelo aumento da produtividade média das lavouras.
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