Comentário
Repito o que escrevi durante a semana. O contato de Veja com Daniel Dantas era e é o diretor de redação Eurípedes Alcântara.
Durante dois anos pelo menos há inúmeras evidências de que Veja foi instrumento ativo nas disputas empresariais e jurídicas do empresário. E continua nesse jogo, apesar de manobras de despiste, como essa matéria – só agora publicada, depois do fato ter ocorrido e do Blog ter chamado a atenção para as ligações entre Eurípedes e Dantas.
A estratégia do do diretor de redação consiste em atacar Dantas em questões acessórias, para melhor poder apoiá-lo em temas essenciais, como a repercussão que deu a esse caso da intérprete. Depois, cercar-se de guarda-costas que atuam como fogo de barreira, para desviar o foco dele. No caso do falso dossiê, foi obrigada a revelar a fonte, porque, depois de apurada a falsificação, não havia como fugir ao tema. Mas o fez da forma mais dúbia possível.
Justamente a perda do critério jornalístico foi que transformou Veja em território livre, manobrado por Eurípedes e Mário Sabino. É como a empresa que passa a usar caixa 2 e acaba perdendo o controle sobre os atos de seus executivos, por ter aberto mão dos instrumentos formais de controle.
Quando se seguem critérios jornalísticos, basta alguma reportagem fugir do critério para acender a luz amarela. Com a perda do referencial, perdeu-se igualmente o controle e conferiu-se aos diretores o direito de matar – burlando inclusive os controles internos.
Repito, tudo isso foi feito em contato direto de Dantas com Eurípedes. Mas como é período natalino, vamos deixar passar as Festas para aprofundar o tema.
enviada por Luis Nassif
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