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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Relatório de Inflação deve manter DI no high. Bolsa quer 65 mil

... Começa cedo o dia, porque daqui a pouco, às 8h30, o BC divulga o Relatório Trimestral de Inflação, que deve funcionar como a prova dos nove do que os números já vêm mostrando: uma piora nas perspectivas para os preços não só neste último trimestre, mas também nas projeções para o ano que vem, que começa sob os reflexos de uma atividade econômica engatada na quinta marcha. A se confirmar um documento ao melhor estilo duro na queda com a inflação, a impressão entre os especialistas é de que, dificilmente, o mercado se convencerá a diminuir os prêmios dos contratos futuros de DI.

... "O mercado deve ficar na defensiva ainda por muito tempo, evitando assumir riscos desnecessários", como observou no Broadcast um operador à jornalista Lucinda Pinto. Já nesta quarta-feira, resistindo ao otimismo que dominou os demais mercados domésticos, a CURVA DO JURO voltou a subir, para não deixar dúvida de que, enquanto a inflação continuar dando trabalho, com os preços agrícolas disparando no atacado e a indústria trabalhando a todo o vapor, com a capacidade instalada lá em cima para tentar atender à demanda, difícil vai ser o COPOM ser menos conservador com a SELIC.

... Para usar hoje como base de comparação, no relatório anterior do BC, a previsão para o IPCA era de 3,50% em 2007 e 4,10% para 2008. De outubro para cá, como anotou Francisco Carlos de Assis (AE), todas as variáveis que influenciam a composição da inflação pioraram, o que leva a crer num ajuste para cima nas projeções. Por isso, há quem acredite em uma estimativa muito perto do centro da meta (4,5%) no ano que vem.

... Pouco antes do documento do BC, às 8h, ainda tem que dedicar atenção ao IGP-M fechado de dezembro, que deve vir entre 1,45% e 1,80%. Se confirmada a mediana calculada pelo AE-Projeções (1,70%), o índice da FGV terá subido mais que o dobro de novembro, quando ficou em 0,69%. Para o acumulado do ano, a expectativa é de uma alta entre 7,58% e 7,95%, com mediana em 7,68%, confirmando o arranque da inflação.

... É por essas e outras que tem fica difícil para os JUROS FUTUROS devolverem prêmio, mesmo quando vai tudo bem com a bolsa e o dólar, como nesta quarta-feira, em que a BOVESPA desafiou a hesitação dos mercados em NY e superou os 64 mil pontos. Faltam agora menos de mil pontos para chegar àquela melhor marca, a dos 65 mil, do RALI DO ANO NOVO. No câmbio, o DÓLAR pegou carona e caiu mais de 1%, perto das mínimas.

... Já WALL STREET voltou com medo do Natal, ainda temendo pelo impacto da crise imobiliária no consumo. Hoje, às 10h, sai mais um índice semanal de HIPOTECAS da Mortgage Bankers Association (MBA). Na seqüência, às 11h30, vêm as ENCOMENDAS DE BENS DURÁVEIS em novembro (previsão de +2,6%) e o auxílio-desemprego, que deve ter queda de mil pedidos. Às 13h, a CONFIANÇA DO CONSUMIDOR em dezembro, medida pela Conference Board (13h), tem projeção de recuo para 86. Estoques de petróleo (previsões abaixo) saem às 13h30. Ainda do lado da atividade, tem o índice do FED de Kansas City em dezembro (14h) e Chicago (novembro), às 15h.

LULA fará hoje pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, com mensagem de otimismo para 2008 e previsão de maior crescimento. Que se cuide a inflação!

De mil em mil

... Se as bolsas americanas não conseguiram deslanchar, isso não foi o menor problema para o IBOVESPA, que seguiu firme na rota de alta, conquistou os 64 mil pontos e, ao que tudo indica, pretende ampliar ainda mais os ganhos hoje, para fechar o ano com chave de ouro. Ontem, a bolsa subiu 1,89%, aos 64.288 pontos, com volume financeiro de R$ 4,27 bilhões. Desde a quinta-feira passada, o índice à vista acumula alta de 4,2%. Fica agora a expectativa para a retomada dos 65 mil pontos até o último pregão do ano. Lembrando que o recorde dos recordes da bolsa ainda pertence ao último dia 6, com 65.790,8 pontos.

... O destaque de alta ontem foi CESP PNB, que subiu 15,21%, cotada a R$ 42,56 e com forte giro, de R$ 312,015 milhões. A ação ON, pouco líquida, teve alta de 26,62%, negociada a R$ 37,10. Os papéis reagiram à confirmação de que o processo de venda da companhia será retomado, possivelmente no primeiro trimestre do ano que vem. Pegando embalo, as ações querem buscar o preço mínimo fixado para o leilão, de R$ 45.

Continua em Bom Dia Mercado

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