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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Só há crédito quando não há inflação

Em dezembro do ano passado, pessoas e empresas tinham tomado empréstimos no valor de R$ 733 bilhões. Neste mês, devem chegar a R$ 930 bilhões. São 200 bilhões a mais para investimentos e consumo.

Este é o principal motivo das excelentes vendas de Natal. E do ano todo: as vendas no comércio varejista, em volume de mercadorias, estão subindo 10% em relação a 2006.

Está aí na primeira página de Economia e Negócios: os juros caem ao nível mais baixo desde 1995. Os prazos dos crediários são os mais amplos.

Tudo isso é consequência direta do controle da inflação. Em nenhum país pode haver crédito com inflação alta e crônica, como a que tivemos até 1994.

Nunca se pode dizer que a inflação morreu. Sempre pode reaparecer. Mas pode-se dizer que está controlada. No nosso caso, significa que há mais de quatro anos está dentro das metas fixadas para o Banco Central.

Por isso mesmo, é caso de preocupação o fato de terminarmos o ano com a inflação em alta, conforme mostram todos os índices. Ainda está dentro da meta – 4,5% ao ano, na medida do IPCA, índice do IBGE. Mas está em clara aceleração.

O Banco Central não pode bobear. A inflação alta destruiria o crédito e os salários.

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