Plus500

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

A volatilidade e o Ibovespa

Em qualquer veículo da mídia especializada que pesquisemos, é praticamente unânime a indecisão sobre o rumo no curto / médio prazo do mercado acionário brasileiro. Em uma coisa porém parece haver um consenso. As bolsas mundiais vivem um momento de forte volatilidade.

volatilidadeNo caso do índice brasileiro, é interessante notar, se olharmos o seu passado recente, que em momentos de crise a volatilidade tende a aumentar consideravelmente. E mais… quando o índice Bovespa sobe, a volatilidade cai, e quando o índice se desvaloriza, a oscilação aumenta. Formando uma correlação negativa entre os dois.

A correlação negativa entre o Ibovespa e a volatilidade (um sobe enquanto o outro cai) tem explicação. Quando as ações estão numa tendência de alta, as pessoas ficam confiantes e investem no mercado por mais tempo, fazendo com que a volatilidade caia. Em momentos de queda, os investidores ficam mais confusos. Alguns preferem vender as ações para não ter maiores perdas. Outros aproveitam a queda para comprar os papéis a preços mais baixos. Esse entra e sai acaba provocando maior volatilidade.

Trazendo a questão para o momento atual, podemos afirmar que boa parte da queda que o mercado de ações brasileiro sofreu deu-se pela “venda forçada” de posições pelos investidores estrangeiros (inclusive o fluxo da Bovespa comprova isso). A grande maioria dos gestores “foi forçada” a vender ações em países emergentes em razão do aumento da volatilidade nos preços das ações. Vale lembrar, que estes gestores internacionais, muitas vezes, são obrigados (em contrato) a desmontarem posições visando ficar menos expostos a volatilidade, que normalmente é medida tecnicamente através do VaR (Value at Risk).

E o que isso pode acrescentar na nossa estratégia ? Acredito que essa saída forçada pode ter provocado exageros em alguns papeis, principalmente aqueles com menor liquidez. Portanto, talvez seja oportuno observarmos mais de perto, aqueles ativos que continuam com fundamentos sólidos e que possam estar encontrando pontos gráficos de suporte consistentes. Lembrando apenas, que não temos como saber se a fuga de capital estrangeira já ocorrida, foi suficiente para "desafogar" a oscilação das carteiras dos gringos ou se ainda teremos novos ajustes.

Mais em CHR Investor

Nenhum comentário: