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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Desconexão recorrente

ABX - relacionado com o mercado imobiliário residencial
CDX - medida de risco de default (falência) em bonds corporativos

Novamente os índices de ações tomam um caminho contrário ao encontrado nos mais diversos mercados de crédito. A situação, cuja ocorrência eu havia comentado em novembro passado, parece se repetir neste momento.Veja, por exemplo, a atual situação em alguns indicadores:

Em algum momento o mercado há de mostrar quem está correto: o de ações ou o de crédito. A única certeza é de que é impossível, nesse momento, ambos estarem corretos ao mesmo tempo em que tomam rumos opostos.Aliás, há uma movimentação interessante nos mercados, e a ela deveu-se meu solitário palpite de que ao fim de janeiro, as quedas no mercado de ações deviam encontrar um meio termo: o incremento nas operações de crédito direcionadas aos agentes financeiros costumam coincidir com avanços também nos índices acionários.Há também alguns fatos um tanto quanto "estranhos" em plena manifestação. Um deles é o fato de que os avanços nos preços das ações são necessariamente influenciados por "puxadas" nos índices futuros, e não pela melhora nos fundamentos das ações e da própria economia.Outro acontecimento registra a ocorrência de em pelo menos duas vezes nos últimos 12 meses, o fato de a bolsa americana Dow Jones ter anunciado oficialmente a existência de erros no cálculo dos valores do índice durante o pregão, o que pode nos levar a pensar que em algum momento isso fez com que algumas pessoas tomassem decisões importantes com base em acontecimentos fictícios.Com esses fatos em mente, convém refletir sobre uma frase específica, que se eu não tive o talento de a pronunciar primeiro, pelo menos a considero o mantra para a atual crise: O risco é alto*.
* Risk is high, de autoria de Mr. Pratical




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