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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

O medo de perder é bem maior que a vontade de ganhar

Qual a importância de emoções como medo e desejo nas nossas decisões cotidianas? Segundo alguns estudiosos do comportamento humano, essa influência pode ser bem decisiva para as escolhas que fazemos. Quer uma prova? Pesquisadores das universidades americanas de Stanford, Carnegie Mellon e Iowa colocaram 41 pessoas em volta da mesa, para um jogo de cara-ou-coroa em 20 rodadas e deram a cada uma U$ 20. Se os jogadores ganhassem, aumentariam o patrimônio em U$ 2,50. Se perdessem, deixavam na mesa U$ 1. Eles podiam também decidir não participar da rodada.
Considerando as chances de 50% e o alto retorno pelo investimento, seria lógico que todos topassem o desafio na maioria das rodadas, certo? Mas não foi isso o que aconteceu - os jogadores investiram apenas em 58% das rodadas. O mais interessante é que os pesquisadores incluíram no grupo 15 pessoas que haviam sofrido danos no cérebro, tendo sua capacidade de sentir emoções anulada. Estes, ao contrário dos demais, assumiram o risco em 84% das vezes. O resultado final? Os medrosos saíram do jogo em média com U$ 22,80 e os insensíveis com U$ 25,70. Curiosamente, todos começaram o jogo arriscando. Mas a partir das 1as experiências de perda, os participantes capazes de sentir emoções começaram a frear os investimentos, movidos pelo medo de perder posições e regredir.
Apesar da ausência de emoções ter ajudado nessa experiência específica, os cientistas garantem que essa deficiência acarreta, em geral, muito mais dissabores do que vantagens. O ideal seria controlar as emoções para evitar que elas nos prejudiquem no mundo real, onde muitos de nós evitamos conflitos, adiamos trocas de emprego, desistimos de defesas mais veementes de nossas posições e nunca adotamos novas estratégias, simplesmente porque o medo de perder é bem maior do que a vontade de ganhar.
Se você se reconheceu em alguns desses exemplos, pode se consolar pelo menos com a informação de que isso é natural nos seres humanos. Pelo menos naqueles habilitados a sentir emoções.

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