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terça-feira, 4 de março de 2008

Bernanke volta a falar e investidores voltam às commodities

... A fala de BERNANKE sobre HIPOTECAS, a banqueiros da Flórida (11h), é o destaque da agenda, nos EUA. Nenhum indicador está previsto para hoje. Mas, embora o pronunciamento do presidente do FED seja sempre monitorado pelo mercado, não existe grande expectativa para o que ele possa dizer, apenas poucos dias depois de sua apresentação no Congresso.. A crise continua tão feia e difícil como na semana passada, e o que BERNANKE tinha que dizer, já disse. Não há passe de mágica.

... Os investidores sabem que o FED está numa encruzilhada, que, certo ou errado, teve de fazer a sua escolha, e que essa escolha, operar contra a RECESSÃO, poderá ter efeitos INFLACIONÁRIOS sérios, como já começam a mostrar os índices de preços, que refletem a série de cortes dos JUROS. Mas, fazer o quê, a não ser buscar proteção? Ou seja, BERNANKE não muda a percepção da crise nem as estratégias dos negócios.

... A ameaça de inflação, e a perspectiva de mais quedas das taxas de juro, e a contínua desvalorização do DÓLAR, que atingiu novas mínimas frente ao EURO, continuam levando os investidores para as COMMODITIES, na tentativa de preservar o valor de seu dinheiro. Por isso é que um único dia de realização, na sexta-feira, foi o suficiente. Já ontem, as commodities agrícolas, metálicas e o PETRÓLEO voltaram a subir, registrando recordes históricos. Leia mais abaixo sobre os mercados internacionais!

... Seja como for o depoimento de BERNANKE, hoje, não encerra as preocupações nesta semana... A agenda é pesada, cheia de riscos de VOLATILIDADE, incluindo o LIVRO BEGE, amanhã (quarta-feira) e o PAYROLL, na sexta-feira. Depois de amanhã, quinta, a EUROPA entra em foco, com reunião do BCE (política monetária) e da OPEP, em Viena.

... HOJE, além de BERNANKE, mais dois dirigentes do FED falam em público, entre eles, o super falcão Richard FISHER (15h), sobre o equilíbrio entre inflação e crescimento.

... AQUI, o COPOM inicia sua reunião de março, com resultado previsto para amanhã, no início da noite. Mas o encontro, como o anterior, promete dar traço no IBOPE, já que a estabilidade da taxa SELIC é esperada por dez entre dez analistas. O mercado está mais interessado nos indicadores da atividade a serem divulgados nesta semana: ANFAVEA e FENABRAVE (hoje) e PRODUÇÃO INDUSTRIAL (amanhã), que podem orientar as apostas para as decisões de política monetária neste ano. As estimativas para a indústria automobilística são de continuidade do crescimento em ritmo forte.

... Por outro lado, a queda do DÓLAR, em sintonia com a tendência do mercado externo, tem reforçado a percepção de que, dificilmente, o BC será obrigado a subir o juro. “O DÓLAR abaixo do esperado vai ajudar a amortecer as pressões inflacionárias este ano”, disse o economista Carlos THADEU DE FREITAS (CNC)... Já Darwin DIB (UNIBANCO), no Broadcast AO VIVO, falou na possibilidade de o dólar cair mais (leia abaixo).

... A BOVESPA, depois de ter acompanhado as commodities na realização de sexta-feira, voltou a subir, operando descolada de NY, que moderou nas quedas... À noite, a PETROBRAS divulgou lucro líquido de R$ 21,5 bilhões em 2007, 17% abaixo do que em 2006. A queda no lucro deve-se ao câmbio valorizado e aporte no Fundo Petros. Leia no Em Tempo... mais notícias sobre a PETROBRAS e outras companhias abertas.

FED pode derrubar mais o dólar

... Nem o fato de a BALANÇA COMERCIAL ter registrado déficit pela segunda semana consecutiva abalou a tendência de queda do DÓLAR, retomada ontem. A moeda americana até hesitou no início da manhã, operando no terreno positivo. Mas não levou muito tempo para voltar a ceder, fechando o pregão em baixa de 1,18% a R$ 1,671. Segundo o economista Darwin DIB, a trajetória do câmbio não é do real e sim do dólar. “Portanto, há chance da moeda cair mais se o FED seguir com cortes de juros”.

Continua em Bom Dia Mercado

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