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quarta-feira, 5 de março de 2008

À brasileira ou à americana?

Já escrevi sobre isso, mas vale a pena voltar ao tema. A economia brasileira vai bem: as contas públicas são estáveis, o desemprego diminui, os salários crescem e o consumo avança - basta olhar os 6 milhões de veículos em circulação em São Paulo e os congestionamentos recordes.

No resto do mundo, a economia vai de mais ou menos a bem pior. A Europa está jogando pelo empate, a economia japonesa decepcionou quem apostava em uma recuperação sustentada, e nos Estados Unidos o mercado financeiro - que é quem faz a principal interface com a bolsa brasileira, o principal foco de atenção dos investidores - registra crises atrás de crises.

Quem vai ganhar essa parada? Os bons números da economia brasileira vão sustentar o mercado, ou os números ruins da economia mundial vão derrubar a Bovespa? Essa é a famosa pergunta de um bilhão de dólares. Para respondê-la com segurança, é preciso separar a resposta em dois períodos.

No longo prazo - ou seja, a partir de 2010 - o Brasil terá conquistado seu grau de investimento e vai atrair muito mais capital do que atrai hoje. Mesmo que seja uma fração de um ponto percentual dos trilhões dedicados aos fundos de pensão e fundos soberanos espalhados ao redor do mundo, é dinheiro para sustentar indefinidamente o nosso mercado.

No curto prazo - ou seja, até 2010 - o mercado será muito influenciado pelas condições internacionais, que são ruins. E por melhores que sejam as notícias, sempre haverá algum investidor internacional que precisará resgatar os recursos investidos no Brasil para fazer frente a obrigações internacionais. Por isso, no curto prazo, a Bolsa vai apresentar grandes oportunidades - mas muitos solavancos.

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