As cotações da moeda americana fecharam nesta quarta-feira a seu menor nível em quase dez anos. Desde maio de 1999 o dólar não chegava a 1,67 reais. Está barato, sem dúvida, mesmo quando comparado aos 1,73 reais de novembro passado, quando a moeda americana começou a despencar.
O que fazer? Como ganhar com essa queda do dólar? É hora de comprar? Vamos por partes.
I) Antes de mais nada, não dá para dizer que o dólar está "caro" ou "barato" para o investidor. Para um exportador ou importador, ou para uma empresa que tem dívidas (ou investimentos) em dólar, sim; nesse caso, uma variação do câmbio pode prejudicar ou ajudar o resultado financeiro. Já para o investidor, o dólar não tem um preço "justo", ele vale o quanto vale.
II) Assim, como não há um preço "justo" para o dólar, não é por que ele chegou a R$ 1,67 que é hora de comprar, nem é hora de vender quando ele chega a, por exemplo, R$ 2,90 ou R$ 3,50. Tudo vai depender das perspectivas futuras para o dólar. Quais são elas?
III) Os especialistas em câmbio dizem que o movimento de entrada de dólares no Brasil deverá continuar firme e forte. Além de a balança comercial continuar a ser superavitária (ou seja, o Brasil exporta mais do que importa), os juros continuam altos. Ninguém notou, mas o Comitê de Política Monetária (Copom) está reunido desde ontem, e deverá anunciar nesta quarta-feira, dia 5 de março, a manutenção dos juros básicos em 11,25% ao ano. Essas taxas, as mais altas do mundo (sim, passamos a Turquia) continuam atraindo dólares de investidores lá de fora. Um pouco menos do que antes da crise imobiliária americana, mas mesmo assim o suficiente para pressionar os preços para baixo.
Continua em Blog do investidor
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