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segunda-feira, 5 de maio de 2008

Governança Corporativa: aliada do investidor

Ao efetuar uma oferta de ações em bolsa de valores, uma empresa espera convencer os potenciais investidores da viabilidade econômico-financeira de seu negócio e também que os resultados gerados por suas atividades serão revertidos em ganhos para seus acionistas. A “matemática” do investimento em ações já não é tão simples assim.


A partir do momento que os investidores avaliam a empresa e se sentem atraídos pelos retornos potenciais oferecidos, outros aspectos passam a ter relevância em sua decisão de adquirir ou não suas ações: o ambiente institucional onde a mesma está inserida e os mecanismos que busquem garantir que os recursos do investidor serão aplicados de forma alinhada aos seus interesses.
Investimento é confiançaImagine que um conhecido lhe ofereça uma sociedade em um negócio qualquer. Ele apresentará os argumentos para o sucesso do empreendimento, estimativas de lucros esperados, tempo de retorno do investimento etc. Tudo pode parecer muito bom, mas se você não tiver confiança – o que se traduz em boas referências deste conhecido – provavelmente não aceitará ser seu sócio, não é mesmo? Entregar a administração do seu dinheiro a uma pessoa de quem desconfia? Nunca!


No meio empresarial brasileiro sempre tivemos a predominância de grandes empresas familiares ou estatais. Logo, sempre foi normal e fácil para qualquer um identificar os “Donos” destas empresas. Esse paradigma criou uma cultura permissiva, onde o pequeno acionista se acostuma a ter uma posição passiva em relação à gestão das companhias de que é sócio.

Um novo cenário
Surge então a Governança Corporativa, que podemos definir como o conjunto de instrumentos criados com o objetivo de fazer com que investidor tenha o retorno adequado dos recursos por ele aplicados, buscando proteção diante das práticas nocivas aos seus interesses, eventualmente praticadas na gestão das companhias.
O mundo passou a dar uma atenção maior à governança corporativa a partir das fraudes contábeis verificadas em diversas grandes empresas nos Estados Unidos, que culminaram na falência de companhias como a Enron, causa de prejuízos a milhares de investidores na época. Os gestores destas empresas camuflaram seus resultados com o objetivo de melhorar o desempenho das ações e consequentemente de seus bônus, colocando assim os seus próprios interesses à frente do interesse dos acionistas.

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