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quinta-feira, 19 de junho de 2008

O Brasil dos rankings, números e desafios

O Brasil dos rankings, números e desafiosDe uma forma geral, todos gostamos de rankings. É uma forma simples de entender e interpretar se vamos bem ou mal em determinada área. Seja nos resultados do vestibular, na tabela das melhores seleções da Fifa, nas classificações dos esportes[bb] profissionais ou no simples jornal do dia-a-dia, o ranking baliza e compara o universo de diversas entidades.

O Brasil figura em muitos rankings, mas nem sempre em posições interessantes e que mereçam nossos aplausos. O importante é que, independente dos resultados, os números sempre incitam reflexões. Que tal começar com as perguntas feitas por Yoshiaki Nakano, ex-secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, em recente artigo publicado na Folha de S. Paulo:

“Será que algum dia o povo brasileiro poderá desfrutar do mesmo padrão de vida dos atuais países desenvolvidos? Quando, e como, vamos alcançar e ser tão ricos quanto os países desenvolvidos?”

Responder às perguntas é um desafio e tanto. Uma comissão internacional, liderada pelo Prêmio Nobel de Economia Michael Spence e apoiada pelo Banco Mundial encontrou 13 países que foram capazes de crescer 7% ao ano ou mais por 25 anos. O Brasil está entre eles, mas tal potencial esfriou a partir de 1980.

Em suma, o relatório aponta que:

  • Não fomos capazes de aproveitar o potencial dinâmico da economia global;
  • Descuidamos das exportações;
  • Não incorporamos a fronteira tecnológica nos negócios (inovamos pouco, criamos pouca tecnologia, registramos poucas patentes).

É certo que em estudos futuros - se computados os últimos anos - o Brasil sairá desse ranking. Nossa renda per capita cresceu à média de 0,5% ao ano durante os últimos 25 anos. Nos países desenvolvidos, esse índice cresce, em média, 2% ao ano há quase 100 anos. Nakano elogia a competência nacional e nosso poder de recuperação, mas alerta que:


“Para o Brasil alcançar os países desenvolvidos em 2050 (renda per capita de US$ 75.130), nossa renda per capita teria de crescer 5,3% ao ano. Para isso, o PIB teria de crescer mais do que 6% ao ano”

Continua em Dinheirama

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