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quinta-feira, 26 de junho de 2008

Situação continua delicada nos EUA

Não é à toa que o megaempresário americano Warren Buffet disse que se estivesse no lugar do presidente do Fed, Ben Bernanke, pediria demissão. A situação econômica dos EUA continua delicada. De acordo com os números que saíram hoje, o PIB americano até cresceu um pouco mais do que o esperado no primeiro trimestre, 1%, mas a inflação, medida pelo PCE, continua avançando e o índice anual cheio atingiu 3,6%.

E nos EUA, nem há o fator demanda pressionando os preços. O aumento dos gastos com combustíveis e os temores em relação ao financiamento imobiliário fazem o americano consumir menos. Isso torna difícil para o Fed decidir o que vai combater, a recessão ou a inflação. Por enquanto, ele vem optando pelo equilíbrio, mas, na minha opinião e de vários analistas, Bernanke, que é um especialista na crise de 1929, reduziu demais a taxa de juros. Ele se apavorou com a perspectiva de recessão, diante da ameaça de uma grande crise no mercado de capitais. Mas é preciso reconhecer que a operação é delicada. A boa notícia nisso tudo é que o restante do mundo já não depende tanto dos Estados Unidos e, portanto, está sentindo menos seus problemas.

Miriam Leitão

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