O Brasil vive uma situação artificial: o último reajuste nos preços da gasolina foi em 2005, quando o petróleo custava US$ 35. Hoje custa US$ 140. O preço do diesel subiu muito pouco. Entretanto, o brasileiro está sentindo o peso de todos os outros aumentos de preços na economia, que estão encurtando seu orçamento.
Isso acontece porque os preços não estão inalterados para a indústria, como acontece para o motorista comum. A Petrobras aumenta o produto dependendo da cara do freguês. Os preços do óleo combustível subiram 54% nos últimos 12 meses. A nafta, que é matéria-prima para produtos petroquímicos como o plástico, subiu 19%. O querosene de aviação subiu 36%.
A oscilação de preço da gasolina tem a ver com a decisão de cada posto ou da alta do álcool, mas a gasolina mesmo não sobe, porque o governo até abriu mão de impostos para não aumentar o preço na bomba.
O gás liquefeito de petróleo subiu 30% só este ano para as indústrias, mas o gás de cozinha não subia desde 2002. O consumidor gosta, mas isso é artificial. É uma inflação reprimida. Pode complicar a economia mais tarde.
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