Em 2007 o Brasil bateu recorde no superávit primário, com mais de R$ 100 bilhões em economias para pagamentos de juros da dívida.
Essa parece ser uma boa notícia, já que a meta era economizar R$ 95,7 bilhões, mas mesmo com todo este esforço fiscal, não conseguimos nem pagar os juros do período. Apenas nos primeiros 10 meses de 2007, a conta de juros chegou a R$ 135 bilhões.
Muitos analistas gostam de apresentar a conta de juros ou endividamento em função do PIB, mas os dados devem ser analisados com outros detalhes, como a capacidade do Governo em resolver sua dívida líquida.
Se observarmos os dados apenas do Governo Central, esta economia foi de R$ 57,8 bilhões. O restante do superávit veio de empresas estatais.
Lula pegou esta dívida com pouco mais de R$ 500 milhões. Antes que algum defensor de FHC venha reclamar, a dívida assumida por FHC foi de aproximadamente R$ 50 bilhões, mas os altos juros praticados nos primeiros 4 anos de seu Governo, aliado à necessidade de financiamento da política cambial tornou esta dívida um dos maiores problemas nacionais.
Uma das poucas formas de resolver esta dívida seria, neste momento, diminuir muito a taxa de juros, aproveitando a queda dos juros nos EUA, e controlar o aumento de crédito via aumento de IOF. Este instrumento inclusive o Governo está utilizando agora, mas por outros motivos.
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