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sexta-feira, 9 de maio de 2008

Alta na indústria aumenta chance de repasse para o varejo


A explicação para a alta dos IGPs este ano está ocorrendo principalmente por causa dos preços industriais no atacado. Até o final do ano passado, o que estava pressionando mais eram os preços agrícolas também no atacado e os preços diretos ao consumidor. A partir desse ano o quadro começou a mudar, como mostra abaixo este gráfico enviado pelo Departamento de Estudos Econômicos do Bradesco.


A projeção para o final do ano é de alta de 10% nos preços industriais no atacado e de 7,5% nos preços agrícolas também no atacado. De acordo com os economistas do banco, essa mudança na composição do IGP é uma má notícia pois o cenário da inflação fica mais imprevisível. Isso porque os preços industrias tem uma cadeia de repasse mais longa. Na ponta final da cadeia, o repasse deve atingir o grupo de bens duráveis, o que significa uma pressão maior dentro do IPCA.


"É fácil perceber isso se pensarmos num aumento de custos para a produção de automóveis. Isso tem um efeito mais intenso no IPCA do que a alta dos alimentos", diz o banco.
No gráfico, a área vermelha representa os preços industriais. A área verde os preços agrícolas, a azul o IPC e a cinza o INCC. Reparem que a área verde está estável na margem e a área vermelha está apontando para cima.


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